Com preços competitivos, atacarejos aproveitam ‘boom’ da pandemia e expandem atuação em MS

Com preços competitivos, atacarejos aproveitam 'boom' da pandemia e expandem atuação em MS

O aumento expressivo no preço de itens de alimentação e higiene fez consumidores procurarem alternativas para suprir as necessidades básicas gastando menos. Entre as opções estão os ‘atacarejos’, que mesclam as vendas no varejo e atacado e ganharam destaque por conta dos preços competitivos.

O segmento já apresentava forte tendência de crescimento, mas foi com o ‘boom’ da pandemia que esses estabelecimentos se fortaleceram em Mato Grosso do Sul.

Planos de expansão

O cenário é tão positivo que o Fort Atacadista, do Grupo Pereira, está com projeto de expansão ousado em Campo Grande, com previsão de abertura de 3 unidades. Uma delas, no Bairro União, já está com as obras em fase avançada. Além disso, estão previstas unidades no Villas Boas e na Cafezais.

O diretor de Marketing e Canais Digitais do grupo, Lucas Pereira, comenta sobre os planos da empresa para Campo Grande. “Campo Grande é uma cidade próspera e pujante, que tão bem nos acolheu quando aqui chegamos, em 1984. Tanto que aqui decidimos instalar nossa sede e ampliamos nossos negócios. Hoje, o Grupo Pereira é uma força multicanal e multirregional, com mais de 15 mil colaboradores, sendo 4 mil em Campo Grande. Já são 20 unidades de negócio do Grupo na cidade e estamos animados em oferecer novos empreendimentos para os campo-grandenses”.

As três lojas Fort Atacadista previstas para serem inauguradas em Campo Grande devem somar investimentos de R$ 120 milhões e geração de 900 empregos diretos e indiretos.

Receita do crescimento

Dados indicam que comprar em atacarejo faz parte da realidade de 63% dos brasileiros. A proposta ganha força com o aumento de consumidores que compram para casa, procurando por preços mais baixos, principalmente diante da crise econômica agravada pela pandemia da covid.

Além disso, o desemprego impulsionou o aumento de negócios informais como confeiteiros, espetinhos, lanches e outros. Esse novo público crescente é o principal dos atacarejos, que oferecem a possibilidade de descontos na compra de determinada quantidade de cada item.

Na avaliação da Amas (Associação Sul-mato-grossense de Supermercados), a transformação do varejo alimentar tem ocorrido em todo o Brasil. “A Amas entende que há espaço para essa modalidade continuar a crescer aqui no Estado, pois o consumidor, especialmente nesse momento de pandemia, de crise econômica, tem buscado alternativas para pagar menos por suas compras, e o atacarejo, por seu custo operacional mais baixo, consegue entregar os produtos num preço final mais competitivo para os consumidores”.